A WeWork, fundada em 2010 por Adam Neumann e Miguel McKelvey, inicialmente criou uma proposta com foco em freelancers e empreendedores que precisavam de um lugar para trabalhar sozinhos. Logo depois, a empresa mudou o foco para um modelo mais colaborativo, onde as pessoas podiam trabalhar num espaço compartilhado, permitindo interação e networking entre diferentes profissionais.

A empresa foi crescendo exponencialmente, atraindo investimentos de bilhões de dólares de empresas como SoftBank, JPMorgan Chase e Goldman Sachs. Em 2019 a empresa iniciou os processos para se tornar uma empresa pública, uma das maiores promessas do ano em Wall Street. Mas as coisas não saíram como planejado.

O primeiro sinal de que algo estava errado com a empresa foi quando o seu CEO e CO-fundador, Adam Neumann, acumulou demais poder nas suas mãos e tomou decisões questionáveis. Ele alugou imóveis para a sua própria empresa, criou controvérsias com seu comportamento extravagante e uma série de detalhes que levaram a uma desconfiança entre os investidores.

Os problemas com a empresa se agravaram com a revelação de seus resultados financeiros. Embora a WeWork tenha aumentado suas receitas quase em dobro entre 2016 e 2018, os gastos da empresa aumentaram em ritmo mais rápido e a empresa não estava obtendo lucro. Isso acabou desgastando ainda mais a confiança dos investidores.

Em agosto de 2019, a empresa registrou seus resultados financeiros em preparação para sua oferta pública inicial (IPO). Mas algo inesperado aconteceu: a empresa adiou sua IPO para meados de 2020 devido à matéria negativa na mídia e à preocupação dos investidores sobre a viabilidade do modelo de negócios da WeWork.

Mais tarde, a empresa anunciou que seria resgatada pela SoftBank, que injetaria bilhões de dólares em dinheiro novo e assumiria o controle da empresa. No entanto, Neumann foi forçado a renunciar à sua posição de CEO, incentivado pelas ações da SoftBank e pelos investidores que não estavam dispostos a apoiá-lo.

O colapso da WeWork teve impacto em muitas outras empresas que trabalhavam com o mesmo modelo, e isso mostrou que o mercado de coworking é muito mais complicado do que a WeWork imaginava. A empresa tinha um plano claro para crescer em ritmo acelerado, mas se esqueceu de algumas regras importantes da gestão de negócios, como a necessidade de ter um modelo de negócios sustentável e rentável.

Em conclusão, a história recente da WeWork mostra que mesmo as empresas mais bem-sucedidas e valorizadas podem falhar. A empresa era uma excentricidade do mercado e acabou desmoronando em meio à sua ambiciosa estratégia de expansão. No entanto, o sucesso da WeWork inspirou uma nova geração de empresas, e a experiência da empresa pode ser uma lição importante para investidores e empreendedores em todo o mundo.